quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Incentivando a autonomia: utilização do Design for Change

                     Fonte: Criado pelas autoras.

De acordo com Reginaldo (2015), o Design for Change foi criado em 2009 pela indiana Kiran Bir Sethi. Ela pensava que, se os jovens soubessem do poder que têm, eles poderiam mudar o mundo. Pensando nisso, começou a aplicar o movimento na Escola Riverside, na Índia, com a utilização do “I CAN” (eu posso). Conforme o Sebrae (2017), o “I CAN” motiva os alunos a transformarem a própria realidade e a desenvolverem competências como liderança, empatia, colaboração, habilidades de comunicação e de documentar e apresentar projetos. Dessa forma, eles se tornam ativos na própria educação. O movimento deu certo e se tornou global. De acordo com o DFC World, atualmente, está presente em 65 países e não é direcionado a um nível de ensino específico, pois seu objetivo é de atingir as crianças e, a partir delas, a sociedade.

Reginaldo (2015) afirma que a metodologia utilizada consiste em estimular o potencial criativo dos alunos, usando o FELL (sentir), que consiste em ver determinada situação e sentir a necessidade de agir para mudá-la. Para isso, vai em busca de quem está sendo afetado e pergunta como é essa situação; IMAGINE (imaginar) que essa é a hora de colocar a criatividade para funcionar. Nesse sentido, as crianças são estimuladas a imaginar uma solução para aquele problema, junto com seus colegas de sala. Isso pode ser feito por meio de entrevistas e de pesquisas, sempre pensando na praticidade de esse projeto ser feito em outro lugar, na quantidade de pessoas afetadas (quanto mais, melhor será). A proposta é de que esse seja uma mudança de longa duração e que cause impacto o mais rápido possível; DO (fazer) é o momento em que se coloca em prática o projeto imaginado, pensando em todos os recursos que serão necessários, o número de pessoas, como conseguir verba e o tempo de duração para produzir esse projeto; já o SHARE (compartilhar) consiste em compartilhar a experiência vivida e inspirar outras pessoas a repetirem o resultado usando o “I CAN”.  Para introduzir melhor a metodologia nas escolas, o site do Design for Change disponibiliza o download do “kit de ferramentas” (GLOBAL I CAN TOOLKITS), que explica para as crianças, de forma lúdica, como colocar em prática o “I CAN”.

                        Fonte: Criativos da Escola.

Nesse mesmo site, o DFC World dispõe de um mapa que mostra cada escola/ projeto ao redor do mundo que usa esse método. No Brasil, temos o 'Criativos da Escola', que, de acordo com seu site, é uma iniciativa do Instituto Alana que, todos os anos, cria desafios com a intenção de solucionar problemas de suas próprias escolas, comunidades e municípios de forma criativa. São escolhidos 11 grupos (três estudantes e um educador por grupo), para incentivar a criação desses projetos, cujos ganhadores recebem um prêmio. Na edição de 2019, o prêmio será uma viagem para Roma (Itália), R$ 500, para o educador responsável, e R$ 1.500,00, para que a escola possa celebrar e, até mesmo, investir no projeto para que ele se realize. Os projetos vencedores são divulgados no próprio site e em vídeos na página do Youtube.

Referências:


DFC Brasil. Design for Change Brasil/ Criativos da Escola. Disponível em: < https://criativosdaescola.com.br/> Acesso em: 31 jul. 2019.

DFC World. Design for Change. Disponível em: <https://www.dfcworld.com/SITE#> Acesso em: 31 jul. 2019.

REGINALDO, Thiago. REFERENCIAIS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS PARA A PRÁTICA DO DESIGN THINKING NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015.

SEBRAE. Design for change: o protagonismo do aluno. Sebrae Nacional, 2017. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/design-for-change-o-protagonismo-do-aluno,c8e597c13cc9c510VgnVCM1000004c00210aRCRD#this> Acesso em: 31 jul. 2019.


 Letícia Maria Mendonça de Siqueira
 Letícia Rodrigues Dumont Gualter


6 comentários:

  1. O trabalho ficou bom, pois apresentou uma analise histórica da metodologia ativa, além de suas características e como ocorre sua utilização.

    Rosemary Cruz

    ResponderExcluir
  2. Muito bom, os aspectos apontados por vocês sobre empoderamento foram bem selecionados, um tema bem trabalhado que prende a atenção do leitor e desperta a curiosidade, mesmo tendo destacado bastante informação importante para nossa formação, os hiperlinks foram bem colocados. Parabéns meninas!
    André Anderson Silva Araújo

    ResponderExcluir
  3. O tema abordado está de fácil entendimento, as autoras foram felizes na forma com quem organizaram, permitindo ao leitor uma compreensão rápida e direta. Parabéns as autoras! Adorei.

    ResponderExcluir
  4. Muito bom estimular os alunos a acreditarem no seu potencial, onde na sociedade em que vivemos, o mundo ao redor muitas vezes desestimula. Muito boa escrita, parabéns!!

    ResponderExcluir
  5. Post maravilhoso! Muito importante perceber o quanto as crianças podem ser protagonistas da sociedade e sim, podem fazer a diferença. :)

    ResponderExcluir
  6. Temática maravilhosa, nos mostra como as crianças ao serem estimuladas podem ir alem das nossas perspectivas. Alem da postagem ser de fácil entendimento.

    ResponderExcluir