quarta-feira, 11 de setembro de 2019

De igual para igual

De igual para igual





Rosana Maria Mendonça da Silva




No contexto educacional hoje, surgem algumas alternativas de metodologias que fogem do método tradicional de ensino, e a aprendizagem por pares ou Peer Instruction é uma dessas alternativas, e faz parte das metodologias ativas  de ensino. Na aprendizagem colaborativa ou por pares a ideia principal é que o conhecimento seja adquirido através da interação entre alunos, onde eles compartilham o que sabem, diante do assunto abordado e interagem entre si ao longo das aulas, envolvendo-os assim à sua própria aprendizagem.


“A aprendizagem entre pares envolve, compromete e mantêm os alunos atentos durante a aula por meio de atividades, exigindo de cada um a aplicação de conceitos fundamentais que são apresentados, para, em seguida, haver a explicação desses conceitos aos seus colegas” (PINTO, et al., 2012 apud PEREIRA, 2017).


A aprendizagem é baseada na divisão da turma por duplas, essa divisão não é aleatória e sim intencional, onde eles devem ter habilidades e conhecimentos complementares, para que possam se ajudar. É um método muito utilizado hoje em dia, a partir do fundamental I já se pode ver esse trabalhado em algumas escolas no Brasil e em universidades onde os educandos adotam e o adaptam, tendo como base a mesma metodologia. 

Cognitivamente aprendemos de formas diferentes e em ritmos diferentes, se motivados corretamente a aprendizagem será mais significativa e as atividades se tornará mais prazerosa e fácil de realizar, aumentando assim a produtividade. “ O método Instrução entre Pares ou, no original, Peer Instruction, consiste em uma mudança na relação aluno-professor, mas também na relação aluno-aluno ” (LAURI, Jorge, 2017, p. 8).

Fonte: https://educacional.cpb.com.br

A aprendizagem aborda vários benefícios, por desenvolver habilidades, comunicação, responsabilidade, autoconfiança e colaboração entre os alunos. A interação entre as duplas que devem trabalhar por um objetivo comum que é definido pelo educador, tendo em vista que as vezes se torna difícil transmitir o conhecimento, contando assim com a colaboração dos colegas, para que um ensine ao outro aquilo que não foi aprendido pelo professor, objetivando os alunos a discutirem o assunto abordado nas aulas expositivas e revisando assim o que foi lido antes da aula, tirando dúvidas, estimulando um debate. Ou seja a questão central do método é tirar o professor do centro do processo de ensino aprendizagem, porque ele não é a única forma de fonte do conhecimento.
https://www.youtube.com/watch?v=xvOvpE_jmjI

Esse método não deve está baseado apenas na aplicação de conteúdos, as questões devem estar centralizadas no desenvolvimento de trabalho coletivo, diálogo, colaboração, argumentação, fugindo assim da transmissão de conteúdos e partindo para uma interação com os alunos.”As teorias construtivistas afirmam que o ser humano constrói o conhecimento através da interação com o meio externo e entre os indivíduos à sua volta” (VYGOTSKY, 1991:GOWIN, 1981). Por tanto deve estar baseado na colaboração e presença ativa do aluno dentro e fora da sala de aula. Contribuindo assim para um maior engajamento do aluno e para um aumento dos resultados da aprendizagem de uma forma que ultrapassa o âmbito dos conteúdos e atinjam a aplicação dos conteúdos na vida real.


REFERÊNCIAS:

PINTO, S. et al. O Laboratório de Metodologias Inovadoras e sua pesquisa sobre o uso de metodologias ativas pelos cursos de licenciatura do UNISAL, Lorena: estendendo o conhecimento para além da sala de aula. Revista de Ciências da Educação, São Paulo, 2013.
https://www.redalyc.org/pdf/1891/189154955008.pdf

LAURI, JORGE MORSCHBACHER. contribuições e desafios da metodologia instrução entre pares: um estudo de caso no ensino técnico, 2017.
https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/2207/1/2017JorgeLauri.pdf

VYGOTSKY,L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos 
superiores. 4 . ed. São Paulo. Martins Fontes,1991.


MORAN JOSÉ.Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda:Professor, Pesquisador e gestor de projetos de inovação em educação.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Aprendizagem baseada em projeto: a metodologia do futuro?


Aprendizagem baseada em projeto: a metodologia do futuro?


Iohanna Maria de Assis Estevam
Graduanda do curso de Pedagogia - UFPB



No tempo contemporâneo, devido à imersão, quase total, de uma sociedade no âmbito tecnológico, há brechas para discussões sobre o desenvolvimento de competências básicas que circundam os estudantes. A preocupação de pensar sobre uma metodologia capaz de efetivar a aprendizagem daquele aluno se torna essencial. 

A aprendizagem baseada em projetos, ou, em inglês, Project Based Learning, como o próprio nome já nos dá uma pista, é sobre uma metodologia que tem o intuito de efetivar a aprendizagem através de projetos. Projetos estes que serão elaborados e pensados por uma equipe pedagógica que vise o desenvolver de competências como autenticidade, pensamento crítico, trabalho em equipe, utilização de tecnologias e o protagonismo de forma ativa daquele aluno. (MASSON et al., 2012).




O entendimento sobre o que uma instituição escolar deve desenvolver em um aluno deve ser por meio de aulas que remetam ao estudante a investigar, buscar informações, associar, mobilizar recursos e saberes, analisar situações, criar, formular, ser cooperativo, fazer projetos, buscar soluções e tomar decisões. (TOYOHARA et al., 2010). Tendo isso em mente, esses principais requisitos serão incorporados na aprendizagem baseada em projetos, onde suas principais características se dão por:
     
  • Ter o aluno como centro do processo;
  • Desenvolver-se em grupos tutoriais;
  • Caracterizado por ser um processo ativo, cooperativo, integrado e interdisciplinar/transdisciplinar e orientado para a aprendizagem do aluno.


  1. Pergunta motivadora: uma questão que não possa ser respondida facilmente e puxe a temática da aula e que o professor investigue o conhecimento já adquirido dos alunos.
  2. Desafio proposto: Apresentar o desafio para a turma. Apresentação, objeto, pesquisa que demonstre as habilidades adquiridas nesse processo.
  3. Pesquisa e conteúdo: Os alunos precisam investigar por meio de fontes, uso de internet, livros, jornais, pessoas.
  4. Cumprindo o desafio: Os alunos colocam em prática seu conhecimento e competências adquiridas durante a pesquisa.
  5. Reflexão e feedback: Refletir o tema com debate
  6. Responder a pergunta inicial: Voltar à pergunta para que os alunos a responda novamente mediante aos novos conhecimentos 
  7. Avaliação de aprendizado: Aplicação de uma avaliação para identificar o que cada aluno    aprendeu.

Por ser uma metodologia extremamente ampla, pode ser aplicada em todos os ensinos, desde o infantil até o superior e técnico. A aprendizagem baseada em projetos acaba por ser essencial dentro de uma sala de aula, pois visa, se aplicada cedo, despertar essas competências já citadas na criança, porém é necessária uma equipe pedagógica capaz de elaborar de uma forma efetiva essa metodologia. (TOYOHARA et al., 2010).

No artigo sobre metodologia de ensino: aprendizagem baseada em projetos (PBL) foi feita na Universidade Presbiteriana Mackenzie, localizada em São Paulo, visando cursos de Engenharia, onde a revolução tecnológica mais afeta. É discutida sobre a aprendizagem baseada em projetos, e, na inserção dessa metodologia dentro do curso. Dessa forma, moldando novos profissionais da engenharia com eficiência no aprendizado, sendo eles, autônomos e ativos dentro de sua área. (MASSON et al., 2012)

Referências:

MASSON, Terezinha Jocelen et al. Metodologia de ensino: aprendizagem baseada em projetos (pbl). In: Anais do XL Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE), Belém, PA, Brasil. sn, 2012. p. 13. Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/pbl2010/trabs/trabalhos/TC0174-1.pdf> Acesso em: 19 ago. 2019.

TOYOHARA, Doroti Quiomi Kanashiro et al. Aprendizagem Baseada em Projetos–uma nova Estratégia de Ensino para o Desenvolvimento de Projetos. In: PBL Congresso Internacional. 2010. Disponível em: <http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/7/artigos/104325.pdf> Acesso em: 19 ago. 2019.

Inteligência Artificial na Educação - Ameaça ou Auxilio?

Jean Carlos 
Raymara Agra
Foto:encurtador.com.br/jHMQ3
O termo “Inteligência Artificial” foi criado em 1956 pelo professor Jhon McCarthy. A IA, como também chamada, pode ser definida como a arte ou a ciência de fazer máquinas inteligentes, um jeito de dotar as máquinas de programas inteligentes, fazendo com que computadores executem coisas, que até então, só os humanos fariam e até mesmo de forma aperfeiçoada. Segundo BITTENCOURT, FRIGO e POZZEBON,(2004) "A Inteligência Artificial é, por um lado, uma ciência, que procura estudar e compreender o fenômeno da inteligência, e, por outro, uma área da engenharia, na medida em que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência humana". A inteligência artificial é utilizada em várias áreas como Psicologia, Filosofia, Lógica, Matemática e Ciência da Computação e recentemente vem também se tornando forte influenciadora em áreas como a Biologia e a Neurociência. 
Mas como utilizar a IA no campo educacional? Vemos que é gradativo e rápido o avanço e a proporção que as novas tecnologias vêm tomando no cenário atual, e não poderia ser diferente para com as crianças, que já dominam e se encantam por esse mundo tecnológico. As crianças que começaram o ensino fundamental há pouco mais de dois anos, irão exercer cargos no futuro com ajuda dessas Inteligências artificiais que ainda não são conhecidas por nós. De acordo com a CNI (VIRACI, 2018) "A reformulação da sala de aula por meio das novas tecnologias pode ser um importante passo para a formação de pessoas mais alinhadas com as exigências do século XXI, sendo um motor essencial para a competitividade da indústria brasileira." clique aqui para assistir o vídeo.
São inúmeras as características da I.A e supondo que o principal segmento de estudo das inteligências artificiais seja a Ciência Computacional, podemos especificar algumas atividades que podem ser utilizadas no âmbito educacional segundo a CNI. Dentre elas: 
- MOOCS Massive open online courses (cursos onlines abertos com o objetivo de atingir grandes públicos);
- Serious games (jogos eletrônicos com a finalidade de treinar pessoas) 
- Robotics Intelligent AND Education (utilização da robótica para programação que auxilia na aprendizagem dos alunos).


Foto: encurtador.com.br/cvFZ1


Exemplo de aplicação na prática educativa.
Na prática Educativa, a IA vem sendo aplicada em diferentes níveis de ensino, principalmente nos superiores, com mais frequência nos cursos de arquitetura e neurociência. Um método foi utilizado na área de neurofisiologia para auxiliar no ensino de conceitos básicos para facilitar a aprendizagem e possibilitar um aprendizado único na construção do conhecimento.
 O neuro tutor, como assim é chamado, mostra com eficácia a teoria a respeito do assunto a ser estudado, como: anatomia, fisiologia, célula biológica, neurônio, impulso nervoso, sinapse e os sistemas nervosos periférico e central, sendo todos conectados a uma rede de informações em outros bancos de dados que podem ser nos mesmos blocos ou em blocos distintos. A forma que o conteúdo é apresentado varia de acordo com o estudante. Com isso, o neuro tutor é capaz de identificar os resultados fazendo uma breve avaliação e informando-o sobre sua deficiência e se seu desempenho foi atingido ou não dentro daquela área desejada.
A utilização desse tipo de ferramenta com técnicas de AI, proporciona ao aluno uma motivação através dos recursos utilizados, testam e avaliam seus conhecimentos, além de rever o conteúdo quando necessário. Porém, essas tecnologias não substituem a sala de aula e o professor, sendo visto somente como um incentivador do próprio conhecimento.



REFERÊNCIAS

MENEZES et al. Educação a distância no Ensino Superior – Uma proposta baseada em Comunidades de
Aprendizagem usando Ambientes Telemáticos. XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE– UNISINOS, 2002.


POZZEBON, Eliane; FRIGO, Luciana Bolan; BITTENCOURT, Guilherme.  Inteligência Artificial na EducaçãoUniversitária: Quais as contribuições? Florianópolis.


VICARI, Rosa Maria.Tendências em inteligência artificial na educação no período de 2017 a 2030. Brasília.SENAI, 2018


UNIEPRO | Tendências em AI, Produção da Storica. 2018. 3,17min. son., col. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=32dA4ytY6yE> acesso em 7 ago. 2019.















Realidade Aumentada


Felipe Pereira
Penélope Souza.

Fonte: http://innovationinsider.com.br/realidade-aumentada-o-que-e-e-como-usar/



A realidade aumentada (RA) é uma ferramenta que contribui numa interação entre aspectos virtuais e reais que possibilitam aos usuários de tablets e smartphones uma maior interação com a plataforma digital que pode tanto para comunicação  e para o lazer (que o destaque no lazer é o Pokémon Go). Na essência, a RA é uma proposta de interação de usuários com a tecnologia envolvendo elementos do mundo real e do mundo virtual (KIRNER; SISCOUTTO, 2011).
Pode pensar que essa ferramenta é algo inovador e atualizado, sendo que, suas primeiras bases foram feitas muito antes. As bases da Realidade Aumentada (RA) surgiram na década de 1960 com o pesquisador Ivan Sutherland, mas apenas em 1980 surge o primeiro projeto desenvolvido pela Força Aérea Americana que consistia em um simulador de pilotagem de avião, com a visão óptica direta, misturando elementos virtuais com o ambiente real do usuário. Essas aplicações no RA ficaram mais acessíveis somente no início dos anos 2000, com a convergência de técnicas de visão computacional, software e dispositivos com melhor índice de custo-benefício.
Com essa leitura é pensado que a associação com o mundo virtual da realidade aumentada pode ser considerada realidade virtual, mas vem a dúvida, Essas duas ferramentas digitais podem ser consideradas iguais ou distintas? Em diretas definições a RA pode ser definida como a união entre o real e o virtual por meio de um software (FAUST et al., 2011). Enquanto a Realidade Virtual (RV) proporciona uma experiência de imersão total na simulação, já a RA permite a interação entre a realidade e ilusão.

 Na figura acima é representado os diferentes tipos de realidade em que indivíduo está posicionado na base inicial na seta e que seguindo esse percurso em que o usuário está contido na realidade e esta realidade pode ser completada pela realidade virtual; e, somente através da realidade virtual sobreposta na realidade física que o usuário pode chegar à aumentada.

Quando falamos de RA, devemos ter em mente que o objetivo dela é que não seja retirada do indivíduo a consciência de que ele está em seu ambiente real, mas que nele sejam inseridos objetos tridimensionais para que a RA ocorra. Por fazer uso de objetos mais comuns como um webcam, a RA vem cada vez mais se propagando nas mais diversas áreas por ser mais acessiva, como por exemplo, na área de educação, levando em consideração que ela fortalece a manutenção do desenvolvimento do interesse do aluno para com o assunto estudado. E nesse contexto, podemos citar o MagicBook, que vem a ser um livro em que o usuário pode manter contato com as histórias contadas no livro a partir da RA.

Em sínteses comparativas feitas por (Bimber, 2004) é possível observar as diferenças da seguinte forma: a realidade aumentada enriquece a cena do mundo real com objetos virtuais, enquanto a realidade virtual é totalmente gerada por computador; a realidade aumentada enriquece a cena do mundo real com objetos virtuais, enquanto a realidade virtual é totalmente gerada por computador.

Referências:

CRUZ, Breno de Paula Andrade; PINTO, Gabriel Velloso; DE OLIVEIRA, Verônica Alves. Capturo Pokémons,“Logo Existo”-Realidade Aumentada e Consumo à Luz das Experiências dos Usuários do Pokémon Go. Revista Brasileira de Marketing, v. 16, n. 4, p. 487-501, 2017.
                                           

KIRNER, Claudio; SISCOUTTO, Robson. Realidade virtual e aumentada: conceitos, projeto e aplicações. In: Livro do IX Symposium on Virtual and Augmented Reality, Petrópolis (RJ), Porto Alegre: SBC. 2007. p. 28.

FORTE, Cleberson E.; KIRNER, Cláudio. Usando realidade aumentada no desenvolvimento de ferramenta para aprendizagem de física e matemática. In: 6º Workshop de Realidade Virtual e Aumentada-WRVA. sn, 2009. p. 1-6.



ZORZAL, Ezequiel Roberto et al. Realidade aumentada aplicada em jogos educacionais. In: V Workshop de Educação em Computação e Informática do Estado de Minas Gerais-WEIMIG. 2006.




quarta-feira, 14 de agosto de 2019

ENSINO HÍBRIDO: O MELHOR DOS DOIS MUNDOS


Anna Beatriz Pereira Mendes Regadas 
Ruth Jordania de Barros Duarte 
Graduandas do curso de Pedagogia - UFPB

Estamos vivendo na geração da “Era Digital” em que é possível o acesso ao conhecimento em apenas alguns cliques, por esse motivo, o uso de tecnologias está sendo tão discutido no meio educacional. Sendo assim, as metodologias tradicionais individualmente não estão dando conta do retrato do aluno do século XXI. Nesse cenário, surge o Ensino Híbrido ou Blended Learning.

Imaginamos que você deve estar se perguntando: mas afinal, o que é o Ensino Híbrido? Segundo BACICH (2016) Ensino Híbrido é a convergência de dois modelos de aprendizagem: o modelo presencial, em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, e o modelo on-line, que utiliza as tecnologias digitais para promover o ensino.

Figura 1 – O que é Ensino Híbrido?
Fonte: Página da Geekie


Segundo ANDRADE (2016), o Blended Learning é centrado em quatro sistemas: Rotação, Flex, A La Carte e Virtual Enriquecido. Vamos apresentar cada um deles:

Modelo de Rotação: consiste em os alunos transitarem por estações de pesquisa revezando-se entre duas modalidades de ensino: presencial e online. Este modelo pode ser concretizado por meio de quatro segmentos: Rotação por estações, Laboratório rotacional, Sala de aula invertida e Rotação individual.
Modelo Flex: uma das principais características deste modelo é a flexibilidade, possibilitando ao aluno exercer sua autonomia, tornando o estudante protagonista do seu processo de aprendizagem. Portanto, o ensino on-line é primordial para que esse modelo se efetive.
A La Carte: este modelo permite que o aluno realize uma disciplina integralmente on-line, como também cursos presenciais. O professor é o mediador do processo, colaborando para que os alunos alcancem os seus objetivos.
Virtual Enriquecido: em contrapartida ao modelo tradicional, neste segmento, as aulas ocorrem em sua maioria on-line, sendo necessário o aluno ir à escola apenas uma vez por semana, para aulas com o professor presencialmente.

Já sabemos na teoria o que é o Ensino Híbrido, mas, na prática, onde podemos encontrar? A Educação Básica ainda está dando os seus primeiros passos para a implantação desta metodologia, pois esse tipo de ensino precisa de toda uma estrutura e organização para que possa realmente ser efetivo. Assim como na Educação Básica, o Ensino Médio está caminhando para a concretização do mesmo. Já no Ensino Superior, está sendo amplamente utilizado, por meio da modalidade do ensino à distância (EaD), em que ocorre uma fusão entre o universo on-line e o off-line.

Por fim, iremos descrever uma experiência descrita por SOUZA (2016), que ocorreu no Brasil, no Colégio Albert Sabin, em São Paulo. A disciplina trabalhada foi a de Química. Pelo Modelo de Rotação a atividade foi dividida em quatro estações denominadas de Verde, Vermelho, Azul e Amarelo. Na primeira estação, os alunos realizaram uma experiência química com o professor. Já na Vermelha e Azul, os alunos realizavam atividades individuais e colaborativas. Na última estação, a Amarela, os alunos com auxílio de tablets, realizavam atividade on-line propostas pelo professor.

Referências:

BACICH, Lilian. Ensino Híbrido: Proposta de formação de professores para uso integrado das tecnologias digitais nas ações de ensino e aprendizagem. São Paulo.2016. Disponível em < file:///D:/Pendrive%20joca/CCleaner/ENSINO%20HIBRIDO%20-%20LILIAN.pdf> Acesso em Ago. 2019.

ANDRADE, Maria do Carmo F. de. SOUZA, Priscila Rodrigues de. MODELOS DE ROTAÇÃO DO ENSINO HÍBRIDO: ESTAÇÕES DE TRABALHO E SALA DE AULA INVERTIDA. Florianópolis, 2016. Disponível em < file:///D:/Pendrive%20joca/CCleaner/MODELOS%20DE%20ROTAÇÃO.pdf> Acesso em Ago. 2019

SCHIEHL, Edson Pedro. GASPARINI, Isabela. Contribuições do Google Sala de Aula para o Ensino Híbrido. Santa Catarina. 2016. Disponível em < file:///D:/Pendrive%20joca/CCleaner/ENS.%20HIBRIDO%20-%20GOOGLE.pdf > Acesso em Ago. 2019

SILVA, João Batista da. SILVA, Diego de Oliveira. SALES, Gilvandenys Leite. MODELO DE ENSINO HÍBRIDO: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS EM RELAÇÃO À METODOLOGIA PROGRESSISTA X METODOLOGIA TRADICIONAL. Ceará. 2017. Disponível em < https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/1318/2227  > Acesso em Ago.

Figura 1 - Disponível em < https://www.geekie.com.br/blog/ensino-hibrido/> Acesso em Ago. 2019.

ROBÓTICA EDUCACIONAL: do lúdico à construção do conhecimento

Laysla Lavínia Santos Andrade
Nívea Gomes de Queiroz
Graduandas do curso de Pedagogia - UFPB


A Robótica Educacional é um recurso tecnológico de aprendizagem que permite a participação ativa do aluno na construção do conhecimento. Como afirmam Moreira, Cavalcante e Meireles (2014, p. 328) “o intuito da utilização da robótica educacional é que o aluno construa o conhecimento com o auxílio da tecnologia para resolver problemas da sua necessidade e refletir sobre a organização do saber produzido, o que implica numa incisiva participação na construção do conhecimento.”.

A Robótica Educacional está fundamentada no "aprender fazendo", ela estimula a criatividade do aluno, a capacidade de resolução de problemas, o trabalho colaborativo, a pesquisa e a tomada de decisões, além de proporcionar um meio em que a aprendizagem de diversas áreas possa ocorrer de forma mais lúdica e prática. Referente ao currículo nas escolas, normalmente a Robótica Educacional é utilizada sob três perspectivas, sendo elas: o currículo por tema, por projeto e por objetivo/competição, como podemos ver neste artigo, porém, ainda nesse artigo, o autor evidencia que apenas esses métodos não têm sido suficiente para tornar a robótica atrativa para os alunos, e sugere algumas estratégias para ampliar a participação deles no aprendizado desse recurso, são elas: "Projetos com foco em temas, não apenas desafios; Projetos que combinem arte e engenharia; Projetos que estimulem o desenvolvimento de histórias; Organização de mostras, não apenas campeonatos." (CAMPOS, 2017, p. 2115).

É possível encontrar aplicações de Robótica Educacional na educação básica em todos os níveis de ensino. Podemos observar neste artigo a utilização da robótica para o uso educacional, formulando e elaborando atividades que colaboram para o ensino e a aprendizagem da Matemática, para alunos do ensino fundamental.

No ensino médio, por exemplo, de acordo com este artigo, os estudantes tiveram um primeiro contato com as ferramentas: Arduino (como o da imagem ao lado), Scratch e Lego Mindstorms, com o objetivo de promover o interesse e estimular o uso da robótica nas escolas.

Por fim, podemos concluir que a robótica educacional é de grande importância para a educação básica, pois permite que o processo de aprendizagem aconteça de forma mais prática, e que o aluno seja protagonista nesse processo, além de estimular o trabalho em equipe e o desenvolvimento cognitivo e pessoal do aluno.


REFERÊNCIAS:

Araújo, A. P. Carlos. Santos, J. P. Meireles, J. C. UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO TECNOLÓGICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: aliando ensino de Matemática e a Robótica Educacional. Revista Exitus, Santarém/PA, Vol. 7, N° 2, p. 127-149, Maio/Ago 2017.

CAMPOS, Flavio Rodrigues. Robótica educacional no Brasil: questões em aberto, desafios e perspectivas futuras. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. 4, p. 2108-2121, out./dez. 2017.

Kalil, Fahad. et, al. Promovendo a robótica educacional para estudantes do ensino médio público do Brasil. Faculdade Maeridional – IMED, 2013.

MOREIRA, L. R.; CAVALCANTE, F. L. L.; MEIRELES, A. M. R. Tecnologias Educacionais: Um cenário para uma prática pedagógica inovadora. Revista Expressão Católica 2014 jan./jun.; 3(1): 319-37.  

Figura - Disponível em: <encurtador.com.br/eimVY>. 
                                                                              


Solucionar problematizando - Uma visão geral do PBL

Problem Based Learning - Aprendizagem Baseada em Problemas

Marianna Vieira de L. Alves
Raphaela Viana de Morais
Graduandas em pedagogia - UFPB

   Você já ouviu falar do PBL, ou “Problem Based Learning”? É uma sigla muito renomada que, na tradução para o português, significa Aprendizagem Baseada em Problemas, ou seja, é a elaboração de um conhecimento provindo de uma conversação em grupo ou simulações reais de um problema. Essa metodologia se originou por volta de 1960, no Canadá, mais precisamente na McMaster University Medical School. O PBL, como dito por Ribeiro (2005), é um método de ensino que busca utilizar os problemas da vida real e do cotidiano para aguçar o desenvolvimento de habilidades e competências de solução para situações reconhecidas como “complicadas” nas áreas de estudo em questão. O objetivo principal do PBL, segundo Martins e Espejo (2015), é basicamente fazer com que os alunos encontrem soluções para os problemas adiante,  e um de seus fundamentos principais é que o estudante ande ao encontro da aprendizagem, explorando diversas fontes de conhecimentos novos ou até desconhecidos parcialmente, e ultrapassar os ensinamentos do professor, criando seu próprio pensamento crítico, chegando a uma solução autônoma.
    O Problem Based Learning tem sido eficaz e é utilizado atualmente, tendo como ideologia pedagógica o aprendizado centrado no aluno e nos problemas selecionados. Tem função de fazer com que os alunos estudem determinados conteúdos. Um dos principais exemplos dos procedimentos metodológicos referenciais do PBL é o Arco de Maguerez, que é um método capaz de guiar pedagogicamente o educador que se preocupa com o desenvolvimento de seus alunos e com sua autonomia intelectual, objetivando o desenvolver do pensamento criativo e crítico. Além de prepará-lo para a política; sendo efetuado pela sequência a seguir, organizada por Sousa:
 1- Observação da realidade e definição de um problema;
2 - Pontos-chave;
3 – Teorização;
4 - Hipóteses de solução;
5 - Aplicação à realidade.

Disponível em: encurtador.com.br/wEGX3 

     Ao longo da nossa pesquisa, vimos que a aprendizagem baseada em problemas ocorre no ensino superior, tanto na graduação como na pós-graduação e, principalmente, nos cursos da área de saúde, como medicina e enfermagem e, também, nos cursos de contabilidade e ciências sociais. Entretanto, os professores podem fazer uso desta metodologia em qualquer nível de ensino, buscando apenas adaptá-la da melhor maneira para cada faixa etária.
    Na pesquisa publicada na Revista de Graduação da USP, Grad, se relata que a seleção dos problemas abrange casos de ensino prontos que tenham relação com conteúdo a ser trabalhado. Ademais, se utiliza as problemáticas do cotidiano profissional para serem resolvidas pelo grupo. Outros ainda preferem retirar casos que estejam em livros. Contudo, sempre dentro da temática abordada. No curso de enfermagem, treinar para circunstâncias  de emergência é um meio de aplicação da metodologia, criando as situações de um paciente com ataque cardíaco e como o estudante deve lidar com elas, por exemplo. 
    Portanto, o PBL se mostra muito versátil para a educação, sendo uma metodologia que já pensa no futuro e sendo ainda mais importante o desenvolvimento do senso crítico e autônomo nos discentes. Essa condição sendo experienciada em situações do cotidiano, não se tornando apenas teorias estudadas.

ALMEIDA, Claudia Regina de Santos de; CAMARGO, Mônica Nogueira; CAMARGO, Luana Brito. Educação popular e aprendizagem baseada em problemas na EAD: uma aplicação no curso de ciências sociais EAD/UNIMONTES. Revista Multitexto, v.4, n.01, 2016.

BERBEL, Neusi Aparecida Navas. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? Interface (Botucatu) vol.2 no.2 Botucatu Feb. 1998.

CAMPOS, Leonara Raddai Gunther de; RIBEIRO, Mara Regina Rosa; DEPES, Valéria Binato Santili. Autonomia do graduando em enfermagem na (re)construção do conhecimento mediado pela aprendizagem baseada em problemas. Rev. Bras. Enferm. Vol 67. No.5 Brasília Set/Out. 2014.

VENDRAMIN, Elisabeth de Oliveira; LIMA, João Paulo Resende de; FARIAS, Raíssa Silveira de; ARAUJO, Adriana Maria Procópio. O que pensam os professores a respeito do Problem Based Learning como estratégia de ensino na contabilidade? Revista de Graduação USP, vol 3, n.2 jul 2018.


SOUSA, Alberto B., O método da resolução de problemas com o arco de Maguerez. Disponível em: https://sites.google.com/site/albertobarrossousa/metodologias-de-educacao/metodologia-do-arco-maguerez. Acesso em: 13 ago 2019.